quinta-feira, 23 de julho de 2009

CLUBE RIDAN SAÚDE







Como havia comentado, também colocaria aqui trabalhos institucionais. Esse foi o folder idealizado. Para saber mais do conteúdo, basta clicar e saber dos benefícios que o Clube Ridan Saúde proporciona. A produção ficou por minha conta e de uma agência de publicidade parceira.
O folder é em formato livro, frente e verso. Podem fazer suas considerações; afinal a amplitude da comunicação institucional é vasta! (redundante?)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O quase prefeito de Telêmaco Borba Gilberto Stremmel


Já foi quase prefeito nos anos 80, secretário municipal de Saúde e um dos professores mais elogiados da cidade pela sua inteligência e capacidade de transferir seu conhecimento com precisão aos seus alunos. Nessa atividade, para a perda da comunidade escolar, já é aposentado. É graduado em geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e especialista em supervisão escolar, além técnico em contabilidade. Hoje, com 62 anos, é diretor da 21ª Regional de Saúde. No Paraná são 22 Regionais. Bastante respeitado pelas suas ações e pela transparência com que rege a coisa pública, Gilberto Stremmel é casado com Sirlene Stremmel e pai de quatro filhos, Gilberto Júnior, Gilson Roberto, Patrícia e Daniele.
Márcio Rodrigo: O que o fez vir para Telêmaco Borba?
Gilberto Stremmel: Bom, já tenho 36 anos de Telêmaco Borba, vim para dar aulas no Colégio Estadual Wollff Klabin, aulas de geografia, estudos sociais, organização social e política do Brasil e educação moral e cívica. Cheguei em julho de 1973, já na metade do ano. O ano letivo havia se iniciado em fevereiro e como foi em 1973 que verdadeiramente se instalou a reforma da educação, naquela época muitos professores deixaram a sala de aula para assumir a coordenação das áreas de estudo. Por essa razão, aconteceu a vacância de minha área de formação, que é geografia, e de outras disciplinas. Como fiquei sabendo dessas aulas, optei por deixar meu emprego de escriturário na Companhia Antártica Paulista, em Ponta Grossa, para trabalhar na minha área de atuação, pois tinha recém-formado em geografia pela UEPG.
MR: E já veio com a família?
GS: Casado e com três filhos. A caçula nasceu aqui em 1974. Mas hoje Marcio, me considero daqui, praticamente um telemacoborbense, tenho 62 e cheguei com 26 anos, sou mais de Telêmaco Borba do que de Ponta Grossa.
MR: Uma curiosidade, de onde vem tanto conhecimento, explanado por seus ex- alunos e em cada oportunidade que o senhor tem de discursar?
GS: Leio bastante, sou muito curioso, fui secretário na Saúde sem ser formado na área da saúde, mas na época o prefeito Carlos Hugo me convidou para administrar, porém como administrador não há essa obrigatoriedade e, posteriormente, já aposentado do magistério, ocupei e ainda ocupo a direção da Regional de Saúde. Tudo que eu não sei eu vou atrás. A minha atuação na Regional é, claro, devido a uma indicação política, porém meu trabalho é administrativo.
MR: Como o senhor consegue separar a questão técnica da Regional da política?
GS: A nomeação é como agente político partidário, sou do PMDB, mas no exercício do s cargos faço preponderar outra política: a política da educação quando fui professor, diretor de colégios, professor da UEPG e do Colégio Positivo. Agora, na saúde, prevalece a política da saúde e não a partidária. A minha política é voltada para aquela área de atuação. Eu não misturo.
MR: O senhor já foi secretário municipal, diretor de escolas e professor. Qual a diferença em assumir um posto que envolve não só uma cidade como é o caso da Regional de Saúde, que abrange sete municípios, mais ligada ao secretário de Estado da Saúde?
GS: É o tamanho do trabalho, a abrangência de sete municípios. Temos que dar atenção a todas nossas cidades jurisdicionadas. Nós não somos executores, somos assessores e orientadores. Na Secretaria de Saúde trabalhei com execução, através dos planos municipais de saúde, das conferências do âmbito local e nas decisões que são tomadas em deliberação pelos conselhos. É bem diferente a tarefa, ao mesmo tempo que eu sempre afirmei que aquela passagem de dois anos e meio na Secretaria me ajudou muito para atuar na Regional de Saúde, cargo eminentemente de confiança do governador, indicado pelo diretório municipal do PMDB.
MR: Com a sua experiência, nunca quis deixar Telêmaco Borba para assumir funções maiores?
GS: Até que já houve uma sondagem anterior quando eu era professor para trabalhar em Curitiba, mas devido aos meus compromissos familiares, senti que aquele momento deixaria um vazio familiar pendente no período em que meus filhos mais precisavam da presença do pai em casa, e nós sempre partimos do princípio de que o casal promoveria a educação dos filhos e assim foi. Pensei muito mais no compromisso familiar do que numa possível promoção profissional naquele momento, mas não me arrependo , aliás eu agradeço esse meu conhecimento profissional local aos meus alunos, a comunidade de Telêmaco Borba onde me sinto muito feliz, até me considero um telemacoborbense da gema, quando nasci meu cordão umbilical ficou enterrado em Ponta Grossa, mas o que sobrou do meu cordão será enterrado aqui, eu amo Telêmaco Borba.


"(...) quando nasci meu cordão umbilical ficou enterrado em Ponta Grossa, mas o que sobrou do meu cordão será enterrado aqui, eu amo Telêmaco Borba.(...) "


MR: O senhor foi exonerado do governo Carlos Hugo na Secretaria de Saúde porque enfrentou o Hospital Dr. Feitosa. Como se sentiu com essa decisão do ex-prefeito?
GS: Como eu afirmei na reunião da Câmara esse pode ter sido um dos motivos porque exatamente naquela época trabalhávamos no projeto do pronto atendimento municipal, da clinica da mulher e da casa de partos normais que até hoje não há definição quanto ao seu funcionamento. Evidente que o fato do Município realizar um serviço que o hospital já vinha realizando, que são os partos normais, causaria alguma contestação. E até hoje isso está em pendência com o Ministério da Saúde porque esses partos não acontecem. O Ministério da Saúde está cobrando e não sabemos onde terminará essa novela. Bem, o fato é que sempre fui positivo em relação às minhas ações. Eu era um agente político de confiança. No momento que te exoneram e não te apresentam motivos plausíveis, sendo que tudo ia bem, a gente fica realmente preocupado. E eu coloquei que poderia ter sido esse um dos motivos de ter me levado a exoneração, afinal estava se estabelecendo uma concorrência com o prestador hospitalar na questão dos partos normais. E eu ainda vejo que é a solução para muitos problemas, os partos humanizados.
MR: O senhor é do PMDB. O prefeito Eros Araujo também. Por que parece haver um distanciamento entre os dois?
GS: Eu creio que o prefeito Eros está fazendo o trabalho dele e eu procuro fazer o meu na Regional; somos companheiros do mesmo partido. Ele tem a equipe dele montada e eu acredito que todo o trabalho está sendo feito dentro de um planejamento que é liderado pelo prefeito. Digo também que estou a disposição dele para apoiar e assessorar a Secretaria de Saúde. E isso temos feito a todo tempo que estou na Regional e o companheiro Eros também tem feito como chefe do Executivo Municipal. Não existe nada que arranhe nossas relações, pois temos trabalhado junto sempre que há necessidade.
MR: Na Câmara também foi comentado que o futuro hospital regional não terá leitos de UTI.
GS: Realmente não teremos a princípio UTI, mas nada impede que futuramente venha a ser construído porque espaço existe e o hospital foi projetado em módulos para facilitar futuras instalações. No ante-projeto existia o hemonúcleo, 20 leitos de UTI e uma clínica para terapia renal substitutiva, a hemodiálise, mas houve um pedido da Casa Civil do Estado para enxugar um tanto o projeto, uma vez que o hospital regional de Ponta Grossa, com abrangência maior, está em fase de finalização.
MR: O senhor esteve em pauta nas últimas semanas devido ao problema do Hemepar. Existem novidades?
GS: Temos conversado exaustivamente sobre isso. Temos uns avanços, uma perspectiva da volta da coleta de sangue num espaço de seis meses a um ano e meio. Para isso, o projeto é a construção da sede própria. Vai para a Assembleia ainda esse ano um projeto para a sua construção, porém vai entrar no orçamento a verba para construir apenas em 2010. Caso contrário, por uma sugestão dos vereadores, no dia seguinte à reunião na Câmara conseguimos uma audiência com o prefeito, a fim de ocuparmos uma parte do prédio no térreo do SUS antigo, mas para que isso aconteça precisamos fazer adaptações, precisamos comprar material e verificar custo da mão de obra. Estamos trabalhando nesse final semana e na próxima semana. Quem está fazendo isso é o engenheiro da prefeitura que vai verificar quanto vamos necessitar e certamente faremos uma parceria com o Município, mas continuo afirmando que não faltará sangue para os hospitais abrangidos pela 21ª Regional de Saúde, principalmente em TB que é a cidade que mais utiliza devido ao Hospital Dr. Feitosa. Aliás, gostaria de fazer um agradecimento aos vereadores do apoio político. Foram pontuais conosco e eu só tenho a agradecer, tanto em nossa explicação no plenário como na audiência com o prefeito. Vontade política não falta e devido a essa vontade política, no quesito banco de sangue, a população terá um final feliz.
MR: Falando em política, o senhor tem a pretensão de se candidatar nas próximas eleições?
GS: Seria hipocrisia de alguém que participa da vida política partidária afastar qualquer hipótese de concorrer a um cargo eletivo. Ocorre que quando entramos num partido, nos entregamos de corpo e alma às decisões desse partido político, nos consideramos um soldado e não um comandante no PMDB, portanto se o partido nos convocar para uma participação política e que isso trará benefícios à comunidade, estou apto. Vontade a gente sempre tem, mas estamos subordinados às decisões superiores.
MR: O senhor já se viu prefeito de Telêmaco Borba ou ainda pretende ser?
GS: Eu só não me vi prefeito como me considero prefeito de direito de Telêmaco Borba numa eleição que aconteceu em 1982 e que eu fui candidato a prefeito, foi a última eleição que se concorria por sublegendas. Cada partido podia indicar até três candidatos a prefeito e naquele ano eu disputei pelo PMDB e tivemos o dissabor e o desprazer o resultado totalmente duvidoso de 11 votos de diferença apenas, na somatória dos três candidatos do PMDB com os três do PDS. Eu nunca atribui culpa ao prefeito diplomado e empossado, Dr. Tranquelino Guimarães Viana, mas para falar da “maracutaia” que aconteceu naquela eleição teríamos que ter uma entrevista totalmente especial para este caso. Nós tentamos recontagem dos votos, a anulação, provamos por a mais b que havia fraude, mas infelizmente o advogado que pegou a nossa causa perdeu o prazo de recurso do município para o TRE e perda de prazo é um erro gigante em direito. Não levamos adiante porque o nosso advogado perdeu o prazo de propósito. Ivo Bona era meu vive, sob o número 57 do PMDB, se fosse uma votação individual teríamos ganhado por 852 votos, foi uma participação maravilhosa e tenho muita saudade daquela época. Eu me considero um prefeito de fato.
MR: Então o senhor ainda quer ser prefeito de Telêmaco Borba?
GS: Não por cisma, não por teimosia, mas se existir a oportunidade e o partido entender que sim, tendo saúde pessoal destinada por deus, estamos a disposição para participação, tanto no âmbito municipal quanto estadual.
“Eu só não me vi prefeito como me considero prefeito de direito de Telêmaco Borba”.