terça-feira, 11 de agosto de 2009

O halterofilista para-atleta Marcos Alves Camilo: um exemplo de vida a ser seguido


Camilo se esforça para chegar bem preparado ao Campeonato Brasileiro


O telemacoborbense está classificado para competir o Campeonato Brasileiro de halterofilismo


Uma história de superação. Marcos Alves Camilo é paraplégico há apenas três anos e meio e, o que para muitos é motivo de não conformação e da perda do gosto pela vida, para ele foi um renascimento. Apenas aprendeu a viver de forma diferente e a usufruir do que a sua nova vida lhe trouxe.


Camilo, como é chamado no cenário esportivo, está no momento classificado para o Campeonato Brasileiro Paraolímpico de Halterofilismo, que acontece no dia 11 de setembro em Fortaleza, no Ceará. Ele tem 35 anos, 63 quilos, 1, 78 m de altura e disputará na categoria dos que pesam até 67 quilos e meio. Sua meta é perder ainda mais três quilos para disputar na categoria dos que pesam até 60. Camilo considera difícil perder esse peso porque, afinal de contas, para um para-atleta seriam necessários exercícios aeróbicos, esporte que Camilo não pode realizar devido a deficiência; e o cuidado com a alimentação. “Para mim é muito difícil porque tenho 1, 78 m de altura, não há muito mais o que perder se for levado em conta o meu Índice de Massa Corporal (IMC)”, explicou. O para-atleta acredita que seria mais fácil competir na categoria de 60 quilos para se equivaler com seus adversários na força. Ele explicou que a dificuldade no esporte que pratica está no fato de que não é levado em conta a lesão ou a patologia de cada para-atleta, mas sim o seu peso. Um usuário de muletas, com muito mais condições físicas que um cadeirante ou um cadeirante que já nasceu com a doença, tem muito mais resistência que alguém como ele, que tinha outro ritmo de vida e se tornou paraplégico depois.


Para o halterofilista, no entanto, a meta para esse ano já foi alcançada, que era a de se classificar para o Campeonato Brasileiro, uma vez que Camilo é iniciante e nunca havia conquistado títulos. “Tudo para mim é muito novo, mas já tenho pretensões de me classificar para a Paraolimpíada que acontece em Londres, em 2014, mas para isso, terei muito tempo de treinamento para adquirir força”, ressaltou. Se for depender da força de vontade demonstrada por Camilo, Telêmaco Borba tem grandes chances de ter um representante lá fora daqui cinco anos.


Camilo, apesar de morar em Telêmaco Borba, não disputa títulos pela Federação Paranaense, mas sim pela Federação do Rio Grande do Norte. Segundo ele, logo que foi internado no Hospital Sarah Kubitscheck, em Brasília, teve uma grande proximidade com os para-atletas da região do Nordeste. Lá estão os maiores campeões brasileiros e competidores que já estiveram em paraolimpíadas.

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